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06/11/2012 - Fabio Arruda Mortara, presidente da ABIGRAF Nacional, destaca a importância da ExpoPrint Digital

Fabio Arruda Mortara, presidente da ABIGRAF Nacional enfatizou a ascensão da impressão digital na indústria gráfica e também na indústria em geral - devido às características de uma época que necessita de comunicação personalizada, para um público cada vez mais segmentado. E, por isso, ele vê com bons olhos a realização da ExpoPrint Digital 2013. Por fim, Fabio Arruda Mortara revela também dados importantes sobre este crescente mercado, e mostra um setor em franco crescimento, com múltiplas oportunidades para os empreendedores.


Como você vê o crescimento da impressão digital no mercado gráfico e o impacto desse segmento na indústria em geral?
O crescimento da impressão digital é, antes de tudo, um reflexo natural do desenvolvimento das tecnologias de impressão. Mas é, também, um movimento alinhado com as necessidades e características do tempo em que vivemos. Afinal, estamos falando de uma era em que não se busca mais comunicar ao “grande público†e, sim, mira-se em públicos segmentados e nichos específicos. Assim, a impressão digital, por meio da impressão sob demanda, de baixas tiragens e de dados variáveis, entre outras técnicas recentes, permite que a indústria gráfica vá se adequando aos comportamentos dos consumidores do nosso século.

O impacto dessas mudanças pode ser sentido tanto pela indústria gráfica, que está atenta a estas mudanças, quanto pela indústria em geral, que conta com recurso como a impressão de dados variáveis para personalizar, cada vez mais, os impressos que acompanham seus produtos e serviços.

Qual a importância da realização da ExpoPrint Digital 2013 para o mercado brasileiro e latino-americano?
Entre os principais mercados gráficos do mundo e por sua condição de potência regional, o Brasil é, hoje, o cenário perfeito para a realização de uma feira do porte e importância da ExpoPrint Digital 2013. Somos, hoje, um país em expansão, que inclui um número crescente de cidadãos e que conta com consumidores ávidos por inovações. Ou seja, há um espaço claro para a produção de impressos que respondam a altura às expectativas deste público, e a impressão digital parece ser a tecnologia mais adequada para isto. Ademais, a presença dos principais fabricantes de equipamentos e insumos para o setor gráfico, bem como a previsão de que teremos um público seleto, formado por tomadores de decisão das principais gráficas do País, são a prova de que este será, sem dúvida, um evento de muito sucesso.

Quais os principais desafios desse segmento da impressão digital e como a Abigraf pode ajudar a quem quer entrar nessa área?
Por se tratar de um segmento em plena evolução tecnológica, a impressão digital exige dos empresários e profissionais interessados em atuar nesta área disposição para o aprendizado constante. Neste sentido, um dos principais desafios é a reciclagem de quem atua na área, que deve estar atento não apenas às novas tecnologias disponíveis, mas, principalmente, em relação às estratégias e modelos de negócios capazes de contemplar as necessidades e aspirações dos consumidores e do mercado. 

Uma das formas de se atingir estes objetivos é o aprimoramento técnico e acadêmico propriamente ditos, função que a Abigraf e entidades parcerias, como a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), vêm cumprindo com excelência, por meio da realização de cursos, seminários e palestras. Outra forma é o contato direto com os fabricantes e fornecedores do setor, em eventos como este que a Afeigraf e a APS Feiras & Eventos irão realizar em 2013. Não temos dúvidas de que o ExpoPrint Digital 2013 contribuirá para que o setor gráfico brasileiro continue avançando.

O que os dados do mercado gráfico atual indicam sobre o segmento da impressão digital?
Os números que temos no momento são de 2009 e integram o relatório “Mercado de Impressão Digital no Brasilâ€, lançado em maio de 2010 pelo Grupo Empresarial de Impressão Digital (Ge-DIGI) da Associação Brasileira da Indústria Gráfica, regional SP (ABIGRAF-SP), e realizado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) com dados de 2009.

Segundo o estudo, o Brasil possuía 364 gráficas digitais, contra 246 do último levantamento, feito em 2006. O número equivale a 1,8% das 21 mil gráficas existentes no país em 2009. Naquele ano, as gráficas digitais eram responsáveis pela geração de 33,6 mil empregos, ou 12% de todo o emprego gerado pela indústria gráfica. Também em 2009, as gráficas digitais venderam R$ 3,7 bilhões, a partir da conversão de 0,4 milhões de toneladas de papel, e investiram cerca de R$ 182 milhões. 

O que os números nos mostram é que temos um setor em franco crescimento, com múltiplas oportunidades para os empreendedores.

No período analisado pelo estudo do GE-DIGI (2006-2009), o faturamento do setor gráfico cresceu 8%. Nestes mesmos três anos, o faturamento das gráficas digitais cresceu 48%, puxado pela comercialização de impressos digitais, que avançou 143% no período. Vale dizer que o estudo considera “digitais†todas as gráficas que possuíssem equipamentos digitais alocados em suas plantas e com produção superior a 40 folhas por minuto. Ou seja, gráficas com equipamentos convencionais, mas que tivessem as características acima, também foram classificadas como digitais.

Ainda com relação à demanda por impressos digitais, o que pudemos observar foi a ampliação da importância destes serviços na geração de valor pelas indústrias do setor. Entre 2006 e 2009, a participação dos impressos digitais sobre as receitas das gráficas mais do que duplicou, indo de 3,4% para 7,4%.

O estudo do GE-DIGI mostrou ainda que as gráficas que possuem equipamentos digitais estão recebendo um número crescente de pedidos. Se, nas gráficas convencionais, a média de pedidos caiu 17,2% entre 2006 e 2009, neste mesmo período, as gráficas com sistemas digitais viram sua demanda crescer 13,7%.




















































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